Olhos do Amanhã letra

O instante frágil feri a noite
Luzir entre os licores pálidos adentrando um céu ébrio
Com seus lábios pedindo ventos
Desejando o impossível
Deslumbrando um abismo
Com adornos de sonhos
Onde algo grita

Uma estrela despenca-se do coração
Eclipsando anseios
Transformando em elixir selvagem
A essência do sentir

Adiáfano os olhos do amanhã
Atravessam as raízes selvagens da especulação
Este invisível tecer que se alimenta da ansiedade
Sob a visceral beleza de ser
E talvez teus olhos tenham um céu de lágrimas

Pois onde se fala a língua da dor
Somos lidos
Em voz obscura
Em nômade absoluto

Algo define nossa imagem
Signos
Dores estranhas
O sangue maldito de poeta
Pois poesia é um delírio
Descendo as cidades mortas

As memórias vivas
A saudade nunca esquecida
Dançando em destroços
Entre nossa ausência e nosso renascimento
A flor do perene solfeja sua canção nua
E somos seus eternos filhos

Versos Morfinos - Letras

• A Palavra Antes do Verso
• Acróstico
• Anoitece-me
• Dissecamos Paisagens
• Flor da Paixão
• Gritos Insolúveis
• Labiar Inumano
• Lacrimejando Ilusões
• Lembrança
• Mulher
• Mundo Moderno
• Noite Rainha
• Nós Mesmos
• Nos Olhos de Um Antigo Verão Anoitecido
• Nossas Rosas
• O Caos Dos Teus Lábios
• O Instante Cinza
• O Labiar do Instante
• Olhos do Amanhã
• Pétalas de Poetas
• Reflexo do Pó
• Sede do Absurdo
• Silentes
• Sonhos Ácidos
• Sopro Universal Em Fúria
• Tecendo Silêncios
• Todo Signo É Terrível
• Tu
• Último Outono
• Versos Mortos
• Vinho Imortal